El Niño
São alterações significativas na distribuição da temperatura
da superfície da água do pacifico, com profundos efeitos no clima. Os eventos
modificam um sistema de flutuação de temperatura do oceano. O fenômeno tem
papel no aquecimento e arrefecimento global é uma área de intensa pesquisa,
ainda sem consenso.
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Os pescadores da América do Sul foram os primeiros a
reconheceram o evento, observando poucas capturas, à ocorrência de temperaturas
mais altas que o normal no mar, normalmente no fim do ano, disso tira-se o
nome, que significa “O Menino”, referindo-se ao “Menino Jesus”, relacionado com
o Natal.
Um ano sem o fenômeno El Niño, os ventos alísios sopram no
sentido oeste através do oceano pacifico tropical, originando um excesso de
água no pacifico ocidental, de tal modo que a superfície do mar é cerca de meio
metro mais alta nas costas da indonésia que no Equador. Isto provoca a
ressurgência de águas profundas, mais frias e carregadas de nutrientes na costa
ocidental da América do Sul, que alimentam o ecossistema marinho, promovendo
imensas populações de peixes. Por informação a pescaria de anchoveta no Chile e
Peru já foi a maior do mundo, com um captura superior a 12 milhões de toneladas
por ano.
O fenômeno El nino, ocorre irregularmente em intervalos de 2
a 7 anos, com uma média de 3 a 4 anos, os ventos sopram com menos força em todo
o centro do Oceano Pacifico, resultando numa diminuição da ressurgência de
águas profundas e na acumulação de água mais quente, superior ao normal na
costa oeste da América do Sul e, consequentemente, na diminuição da
produtividade primária e das populações de peixe.
Outra consequência de um El Niño é a mudança do clima em
todo o Pacifico equatorial, as massas de ar quente e úmidas acompanham a água
mais quente, provocando chuvas excêntricas na costa oeste da América do Sul e
secas na Indonésia e Austrália. Julgam-se que este fenômeno é acompanhado pela
deslocação de massas de ar a nível global, provocando mudanças climáticas em
todo o mundo.
Efeitos do El Niño no Brasil:
Na região Norte e Nordeste: Diminuição de chuvas causando
secas no Sertão Nordestino e incêndios florestais na Amazônia;
Na região Sudeste: Aumento da temperatura média.
Na região Sul: Aumento da temperatura média e da
precipitação, principalmente na primavera e no período entre Maio e Julho.
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