Buraco de Minhoca
Em física, um buraco de minhoca é uma característica topológica hipotética do continuum espaço-tempo, a qual é, em essência, um "atalho" através do espaço e do tempo. Um buraco de verme possui ao menos duas "bocas" conectadas a uma única "garganta" ou "tubo". Se o buraco de verme é transponível, a matéria pode "viajar" de uma boca para outra passando através da garganta. Embora não exista evidência direta da existência de buracos de verme, um contínuum espaço-temporal contendo tais entidades costuma ser considerado válido pela relatividade geral.
Em física, um buraco de minhoca é uma característica topológica hipotética do continuum espaço-tempo, a qual é, em essência, um "atalho" através do espaço e do tempo. Um buraco de verme possui ao menos duas "bocas" conectadas a uma única "garganta" ou "tubo". Se o buraco de verme é transponível, a matéria pode "viajar" de uma boca para outra passando através da garganta. Embora não exista evidência direta da existência de buracos de verme, um contínuum espaço-temporal contendo tais entidades costuma ser considerado válido pela relatividade geral.
O termo buraco de verme (wormhole em inglês) foi criado pelo
físico teórico estadunidense John Archibald Wheeler em 1957. Todavia, a ideia
dos buracos de verme já havia sido proposta em 1921 pelo matemático alemão
Hermann Weyl em conexão com sua análise da massa em termos da energia do campo
eletromagnético.
"Esta análise força a se considerar situações em que há um
fluxo de rede de linhas de força através do que os topologistas poderiam chamar
de alça ou espaço multiplamente conectado e que os físicos poderiam ser
desculpados por denominar mais vividamente de 'buraco de verme'."O nome "buraco de minhoca" vem de uma analogia usada para explicar o fenômeno. Da mesma forma que uma minhoca ou verme que perambula pela casca de uma maçã poderia pegar um atalho para o lado oposto da casca da fruta abrindo caminho através do miolo, em vez de mover-se por toda a superfície até lá, um viajante que passasse por um buraco de verme pegaria um atalho para o lado oposto do universo através de um túnel topologicamente incomum.
“ Se um espaço-tempo lorentziano contém uma região compacta
Ω, e se a topologia de Ω está na forma Ω ~ R x Σ, onde Σ é um conduto triplo de
topologia incomum, cuja fronteira possui topologia na forma dΣ ~ S2, e se
ademais, as hipersuperfícies Σ são todas espaço-similares, então a região Ω
contém um buraco de verme intra-universo quase permanente. ”
Caracterizar buracos de vermes entre universos é mais
complicado. Por exemplo, alguém poderia imaginar um universo "bebê"
conectado ao seu "progenitor" por um "cordão umbilical". O
"cordão" poderia ser também encarado como a garganta do buraco de
verme, mas o espaço-tempo está simplesmente conectado.
Buracos de verme intra-universos conectam um local em um
universo a outro local do mesmo universo (no mesmo tempo presente ou não
presente). Um buraco de verme deverá ser capaz de conectar locais distantes no
universo criando um atalho através do espaço-tempo, permitindo viajar entre
eles mais rápido do que a luz levaria para transitar pelo espaço normal (ver a
imagem acima). Buracos de verme inter-universos conectam um universo a outro .
Isto dá margem à especulação de que tais buracos de verme poderiam ser usados para
viajar de um universo paralelo para outro. Um buraco de verme que conecta
universos (geralmente fechados) é frequentemente denominado como wormhole de
Schwarzschild. Outra aplicação de um buraco de verme poderia ser a viagem no
tempo. Neste caso, é um atalho de um ponto no espaço-tempo para outro. Na
teoria das cordas, o buraco de verme tem sido visto como uma conexão entre duas
D-branas, onde as bocas estão ligadas às branas e são conectadas por um tubo de
fluxo . Finalmente, acredita-se que buracos de verme sejam parte da espuma
quântica . Existem dois tipos principais de buracos de verme: buracos de verme
lorentzianos e buracos de verme euclidianos. Os buracos de verme lorentzianos
são estudados primordialmente na relatividade geral e gravitação semiclássica,
enquanto os buracos de verme euclidianos são estudados em física de partículas.
Buracos de verme transponíveis são um tipo especial de buraco de verme
lorentziano que permitiriam que uma pessoa viajasse de um lado do buraco de
verme ao outro. Serguei Krasnikov sugeriu a expressão atalho de espaço-tempo
(spacetime shortcut) como uma descrição mais geral de buracos de verme
(transponíveis) e sistemas de propulsão como a métrica de Alcubierre e o tubo
de Krasnikov para indicar viagens interestelares mais rápidas que a luz.
Base teórica
Sabe-se que buracos de verme (lorentzianos) não são
excluídos do arcabouço da relatividade geral, mas a plausabilidade física
destas soluções é incerta. Também não se sabe se uma teoria de gravitação
quântica, que juntasse a relatividade geral com a mecânica quântica, ainda
permitiria a existência deles. A maioria das soluções conhecidas da
relatividade geral que permitiriam buracos de verme transponíveis exigem a
existência de matéria exótica, uma substância teórica que possui densidade de
energia negativa. Todavia, não foi matematicamente provado que isto é um
requisito absoluto para buracos de verme transponíveis, nem foi estabelecido
que a matéria exótica não possa existir.
Entrando num buraco de verme
Antes que os problemas de estabilidade dos buracos de verme
de Schwarzschild se tornassem aparentes, foi proposto que quasares eram buracos
brancos, constituindo o fim de buracos de verme deste tipo.
Embora buracos de verme de Schwarzschild não sejam
transponíveis, sua existência inspirou Kip Thorne a imaginar buracos de verme
transponíveis criados mantendo-se aberta a "garganta" de um buraco de
verme de Schwarzschild com matéria exótica (matéria que possui massa/energia
negativa).
Wikipédia
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