Quasar
Um quasar (abreviação de fonte de
rádio quase-estelar) é um objeto astronômico distante e poderosamente
energético com um núcleo galáctico ativo, de tamanho maior que o de uma
estrela, porém menor do que o mínimo para ser considerado uma galáxia. Quasares
foram primeiramente identificados como fontes de energia eletromagnética
(incluindo ondas de rádio e luz visível) com alto desvio para o vermelho
(redshift), que eram puntiformes e semelhantes a estrelas, em vez de fontes
extensas semelhantes a galáxias. Os quasares são os maiores emissores de
energia do Universo. Um único quasar emite entre 100 e 1000 vezes mais luz que
uma galáxia inteira com cem bilhões de estrelas.
Enquanto houve inicialmente alguma controvérsia quanto à natureza
destes objetos — até tão recentemente quanto os anos 1980, não havia um
consenso sobre isto — há agora um consenso científico de que um quasar é uma
região compacta com 10 a 10,000 vezes o raio de Schwarzschild do buraco negro
supermassivo de uma galáxia, energizada pelo seu disco de acreção.
Nas imagens ópticas primitivas, os quasares pareciam com pontos de
luz (ou seja, fonte puntiformes), indistinguíveis de estrelas, exceto pelo
espectro peculiar. Com telescópios infravermelhos e o Hubble Space Telescope, a
"galáxia hospedeira" em torno dos quasares foi identificada em alguns
casos. Estas galáxias são normalmente muito tênues para serem vistas contra o
brilho do quasar, exceto com algumas técnicas especiais. A maioria dos quasares
não podem ser vistos com telescópios pequenos, mas 3C 273, com uma magnitude
aparente média de 12,9, é uma exceção. À distância de 2,44 bilhões de anos luz,
é um dos objetos mais distantes diretamente observáveis com um equipamento
amador.
Alguns quasares apresentam mudanças na luminosidade que são
rápidas na faixa óptica e até mesmo mais rápidas nos raios-X. Como estas
mudanças acontecem muito rapidamente, elas definem um limite superior no volume
do quasar; os quasares não são muito maiores que o Sistema Solar. Isto implica
uma densidade de energia muito alta. O mecanismo por trás das mudanças de
brilho provavelmente envolve radiação relativística de jatos apontados
diretamente em nossa direção. O quasar com o redshift mais alto conhecido é
ULAS J1120+0641, com um redshift de 7,085, que corresponde a uma distância de
aproximadamente 12.9 bilhões6 de anos luz
Acredita-se que a energia dos quasares resulte da acreção de
material em buracos negros supermaciços no núcleo de galáxias distantes,
tornando-os uma versão luminosa de uma classe mais geral de objetos conhecidos
como galáxias ativas. Como a luz não pode escapar do buraco negro supermassivo
no centro dos quasares, a energia que escapa está sendo gerada do lado de fora
do horizonte de eventos pelo stress gravitacional e intensa fricção no material
que está caindo.Enormes massas centrais (106 a 109 massas Solares) foram
medidas em quasares usando mapeamento de reverberação. Várias dezenas de
galáxias próximas, que não apresentam sinais de um núcleo quasar, apresentam
sinais de um buraco negro central semelhante em seus núcleos, por isto
acredita-se que todas as galáxias maiores contém um, mas somente uma pequena
fração emite radiação poderosa e são vistas como quasares. A matéria que está
acrescendo ao buraco negro não cai diretamente, mas tem algum momento angular,
em sua maioria, que fará com que se concentre em um disco de acreção. Os
quasares também podem ser disparados ou re-disparados em galáxias normais
quando elas fundem com uma nova fonte de matéria. Há uma teoria de que um
quasar possa ser formado quando a galáxia Andrômeda colidir com nossa Via
Láctea, em aproximadamente 3 a 5 bilhões de anos
Mais de 200.000 quasares são conhecidos, a maioria do Sloan
Digital Sky Survey. Todos os espectros observados tem redshift entre 0,056 e
7,065. Aplicando a Lei de Hubble a estes redshifts, chega-se ao resultado que
eles estão entre 600 milhões 10 e 28 bilhões de anos luz de distância comóvel.
Devido às grandes distâncias dos quasares mais distantes e a velocidade da luz
finita, vemos os quasares e o espaço em torno deles como eles existiam no
Universo primitivo.
A maioria dos quasares estão a distâncias superiores a três
bilhões de anos. Apesar de parecerem apagados quando vistos da Terra, o fato de
serem visíveis da distância em que se encontram deve-se ao fato de serem os
objetos mais luminosos no Universo conhecido. O quasar que parece ser mais
brilhante no céu é 3C 273, na constelação de Virgem. Ele tem uma magnitude
aparente de 12,8 (brilhante o suficiente para ser visível através de um
telescópio médio, mas tem uma magnitude absoluta de -26,7. De uma distância de
33 anos luz, este objeto brilharia no céu tanto quanto nosso Sol. A
luminosidade deste quasar é, portanto, cerca de 2 trilhões (2×1012) vezes mais
brilhante que nosso Sol, ou cerca de 100 vezes o total da luminosidade de uma
galáxia gigante média como a nossa Via Láctea. Entretanto, este valor assume
que o quasar esteja emitindo energia em todas as direções. Um núcleo galáctico
ativo pode ser associado com um jato poderoso de matéria e energia, não precisa
estar irradiando em todas as direções. Em um Universo contendo centenas de
bilhões de galáxias, a maior parte delas já teve um núcleo ativo bilhões de
anos atrás e devem ser vistas localizadas a bilhões de anos luz de distância, é
estatisticamente certo que milhares de jatos de energia estão apontados para
nós, alguns mais diretamente que outros. Em muitos casos pode ser que quanto
mais brilhante o quasar, mais diretamente seu jato está apontado para nós.
Fonte:
Wiki
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