As sete maravilhas do mundo antigo
Pirâmide de Quéops
A grande pirâmide de Gizé, única antiga maravilha do
mundo ainda existente.
Ao contrário do que muitos pensam é apenas a Pirâmide de Quéops (e não todas as três grandes
Pirâmides de Gizé) que faz parte da lista
original das Sete Maravilhas do Mundo. A Pirâmide de Quéops foi construída há mais de 4500 anos, por volta do ano 2550 a.C.,
e é também chamada de Grande Pirâmide de Gizé ou apenas Grande
Pirâmide. A majestosa construção de 147 metros de altura foi a maior
construção feita pelo homem durante
mais de quatro mil anos, sendo superada apenas no final do século XIX
(precisamente em 1889),
com a construção da Torre Eiffel. A Grande Pirâmide de Gizé foi construída
como tumba
real para o faraó Khufu/Quéops (que dá nome à pirâmide). O curioso é que a
pirâmide de Quéops já era a mais antiga dentre todas as maravilhas do mundo
antigo (afinal, na época já fazia mais de dois mil anos que havia sido
construída) e é justamente a única que se mantém até hoje.
Jardins suspensos da Babilônia
Os Jardins Suspensos da Babilônia são as maravilhas menos
conhecidas, já que até hoje encontram-se poucos relatos e nenhum sítio
arqueológico foi encontrado com qualquer vestígio do monumento. O único que
pode ser considerado "suspeito" é um poço fora dos padrões que
imagina-se ter sido usado para bombear água. Foram construídos por volta de 600
a.C., às margens do rio Eufrates, na Mesopotâmia - no atual sul do Iraque. Os
jardins, na verdade, eram seis montanhas artificiais feitas de tijolos de barro
cozido, com terraços sobrepostos onde foram plantadas árvores e flores.
Calcula-se que estivessem apoiados em colunas cuja altura variava de 25 a 100
metros. Para se chegar aos terraços subia-se por uma escada de mármore; entre
as folhagens havia mesas e fontes. Os jardins ficavam próximos ao palácio do
rei Nabucodonosor II, que os teria mandado construir em homenagem à mulher,
Amitis, saudosa das montanhas do lugar onde nascera. Capital do império caldeu, a Babilônia, sob Nabucodonosor,
tornou-se a cidade mais rica do mundo antigo. Vivia do comércio e da navegação,
buscando produtos na Arábia e na Índia e exportando lã, cevada e tecidos. Como
não dispunham de pedras, os babilônios usavam em suas construções tijolos de
barro cozido e azulejos esmaltados. No século V a.C., Heródoto dizia que a
Babilônia "ultrapassava em esplendor qualquer cidade do mundo
conhecido". Mas em 539 a.C. o império caldeu foi conquistado pelos persas
e dois séculos mais tarde passou a ser dominado por Alexandre, o Grande,
tornando-se parte da civilização helenística. Depois da morte de Alexandre (323
a.C.), a Babilônia deixou de ser a capital do império. Começou assim sua
decadência. Não se sabe quando os jardins foram destruídos; sobre as ruínas da
Babilônia ergueu-se, hoje, a cidade de Al-Hillah, a 160 quilômetros de Bagdá, a
capital do Iraque.
Estátua de Zeus em Olímpia
A estátua de Zeus em Olímpia foi construída no século V a.C.
por Fídias, em homenagem ao rei dos deuses gregos — Zeus. A estátua, construída
em ouro e marfim e decorada com pedras preciosas, possuía 12 metros de altura.
Após 800 anos foi levada para Constantinopla (hoje Istambul), onde acredita-se
ter sido destruída em 462 d.C. por um terremoto. Essa é considerada sua
obra-prima. Tanto os gregos amavam seus trabalhos que dizia-se que ele revelava
aos homens a imagem dos deuses. Supõe-se que a construção da estátua tenha
levado cerca de oito anos. Zeus (Júpiter, para os romanos) era o senhor do
Olimpo, a morada das divindades. A estátua media de 12 a 15 metros de altura -
o equivalente a um prédio de cinco andares - e era toda de marfim e ébano. Seus
olhos eram pedras preciosas.
Fídias esculpiu Zeus sentado num trono. Na mão direita
levava a estatueta de Nice, deusa da Vitória; na esquerda, uma esfera sob a
qual se debruçava uma águia. Supõe-se que, como em representações de outros
artistas, o Zeus de Fídias também mostrasse o cenho franzido. A lenda dizia que
quando Zeus franzia a fronte o Olimpo todo tremia. Quando a estátua foi
construída, a rivalidade entre Atenas e Esparta pela hegemonia no Mediterrâneo
e na Grécia continental mergulhou os gregos numa sucessão de guerras. Os
combates, no entanto, não prejudicaram as realizações culturais e artísticas da
época. Ao contrário, o século V a.C. ficou conhecido como o século de ouro na
história grega devido ao extraordinário florescimento da arquitetura, escultura
e outras artes.
Templo de Ártemis em Éfeso
O templo de Ártemis em Éfeso, construído para a deusa grega
da caça e protetora dos animais selvagens, foi o maior templo do mundo antigo.
Localizado em Éfeso, atual Turquia, o templo foi construído em 550 a.C. pelo
arquiteto cretense Quersifrão e por seu filho, Metagenes. Após concluído virou
atração turística com visitantes de diversos lugares entregando oferendas, e
foi destruído em 356 a.C. por Heróstrato, que acreditava que destruindo o
templo de Ártemis teria seu nome espalhado por todo o mundo. Sabendo disso, os
habitantes da cidade não revelaram seu nome, só conhecido graças ao historiador
Strabo. Alexandre ofereceu-se para restaurar o templo, mas ele começou a ser
reconstruído só em 323 a.C., ano da morte do macedônio. Mesmo assim, em 262
d.C., ele foi novamente destruído, desta vez por um ataque dos godos. Com a
conversão dos cidadãos da região e do mundo ao cristianismo, o templo foi
perdendo importância e veio abaixo em 401 d.C; e hoje existe apenas um pilar da
construção original em suas ruínas.
Mausoléu de Halicarnasso
O Mausoléu de Halicarnasso foi o suntuoso túmulo que a
sátrapa da Cária Artemísia II mandou construir sobre os restos mortais de seu
irmão e marido, Mausolo, em 353 a.C.. Foi construído por dois arquitetos gregos
— Sátiro e Pítis — e por quatro escultores gregos — Briáxis, Escopas, Leocarés
e Timóteo.
Hoje, os fragmentos desse monumento são encontrados no Museu
Britânico, em Londres, e em Bodrum, na Turquia. A palavra mausoléu é derivada
de mausoleum, o nome em latim do monumento.
Colosso de Rodes
O Colosso de Rodes era uma gigantesca estátua do deus grego
Hélio colocada na entrada marítima da ilha grega de Rodes. Ela foi finalizada
em 280 a.C. pelo escultor Carés de Lindos, tendo 30 metros de altura e setenta
toneladas de bronze, de modo que qualquer barco que adentrasse a ilha passaria
entre suas pernas, que possuía um pé em cada margem do canal que levava ao
porto. Na sua mão direita havia um farol que guiava as embarcações à noite. Era
uma estátua tão imponente que um homem de estatura normal não conseguia abraçar
o seu polegar. Foi construída para comemorar a retirada das tropas macedônias
que tentavam conquistar a ilha, e o material utilizado para sua confecção foram
armas abandonadas pelos macedônios no lugar. Apesar de imponente, ficou em pé
durante apenas 55 anos, sendo abalada por um terremoto que a jogou no fundo da
baía. Ptolomeu III se ofereceu para reconstruí-la, mas os habitantes da ilha
recusaram por achar que haviam ofendido Hélio. E no fundo do mar ainda era tão
impressionante que muitos viajaram para vê-la lá em baixo, onde foi esquecida
até a chegada dos árabes, que a venderam como sucata.
O Farol de Alexandria foi construído a mando de Ptolomeu I
no ano 280 a.C. pelo arquiteto e engenheiro grego Sóstrato de Cnido. Era uma
torre de mármore situada na ilha de Faros (por isso, "farol"),
próxima ao porto de Alexandria, Egito, no alto da qual ardia uma chama que,
através de espelhos, iluminava até 50 km de distância, daí a grande fama e
imponência daquele farol. À excepção das pirâmides de Gizé, foi a que mais
tempo durou entre as outras maravilhas do mundo, sendo destruída por um
terremoto em 1375. Suas ruínas foram encontradas em 1994 por mergulhadores.
A Origem da lista
A origem da lista é duvidosa, normalmente atribuída ao poeta
e escritor grego Antípatro de Sídon, que escreveu sobre as estruturas em um
poema. Outro documento que contém tal lista é o livro De septem orbis
miraculis, do engenheiro grego Filão de Bizâncio. A lista também é conhecida
como Ta hepta Thaemata ("as sete coisas dignas de serem vistas").
Os gregos foram os primeiros povos a relacionar as sete
maravilhas do mundo entre os anos 150 e 120 a.C.. Extraordinários monumentos e
esculturas erguidos pela mão do homem, construídos na antiguidade fascinam por
sua majestade, riqueza de detalhes e magnitude até hoje. Podemos imaginar o
aspecto que outros monumentos e esculturas tinham a partir de descrições e
reproduções estilizadas em moedas.
Fontes: Wikipédia ; Brasilescola
Nenhum comentário:
Postar um comentário