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Vulcão
Vulcão é uma estrutura geológica ou seja como uma montanha, é criado a partir do próprio solo, porém está tem consigo um "caminho" que por onde percorrem magma,
gases e partículas quentes (como cinza vulcânica) "escapam" para a
superfície. É como uma válvula de saída do magma do interior da terra. Eles ejetam altas quantidades de poeira, gases e aerossóis na
atmosfera, interferindo no clima. É um poluidor natural, assim por dizer.
A erupção de um vulcão pode resultar num grave desastre
natural, por vezes de consequências planetárias. Tal como outros eventos
naturais, as erupções são imprevisíveis e causam danos indiscriminados. Entre
outros, tendem a desvalorizar os imóveis localizados em suas vizinhanças,
prejudicam o turismo, interrompem o tráfego aéreo e consomem a renda pública e
privada em reconstruções. Na Terra, os vulcões tendem formar-se junto das
margens das placas tectónicas. Existem excepções quando os vulcões ocorrem em
zonas chamadas de hot spots (pontos quentes), que são locais aonde o manto
superior atinge altas temperaturas.Os solos nos arredores de vulcões formados de lava arrefecida, tendem a ser bastante férteis para a agricultura.
A palavra "vulcão" deriva do nome do deus do fogo na mitologia romana Vulcano. A ciência que estuda os vulcões é chamada de vulcanologia, e o profissional que atua na área vulcanólogo, que deve ter conhecimento em Geofísica, a outros ramos da Geologia tais como a Petrologia e a Geoquímica.
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A forma de classificar um vulcão é através do que é expulsado pelo vulcão, o material. Se
o magma expelido contém uma elevada percentagem em sílica em mais de 65 por cento, a
lava é chamada de félsica e tem a tendência de ser muito
viscosa, não muito viscosa e por isso solidifica rapidamente. Os vulcões com este
tipo de lava têm tendência a explodir devido ao fato da lava facilmente
obstruir a chaminé vulcânica, o caminho por onde percorre o magna. O Monte Pelée na Martinica é um exemplo de um vulcão
deste tipo.
Quando o magma é relativamente pobre em sílica é chamado de máfico, causa erupções de
lavas muito fluidas capazes de escorrer por longas distâncias. Um bom exemplo
de uma escoada de lava máfica é corrente de lava conhecida como Grande
Thjórsárhraun originada por uma fissura eruptiva quase no centro
geográfico da Islândia há cerca de 8 000 anos atrás.
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Monte Pelee erupção em 1902
Vulcão-escudo
Acervo próprio
O Havaí e a Islândia são exemplos de locais onde são
encontrados vulcões que expelem enormes quantidades de lava que gradualmente
constroem uma montanha larga com o perfil de um escudo. As escoadas lávicas
destes vulcões são geralmente muito quentes e fluídas, o que contribui para
ocorrerem escoadas longas. O maior vulcão deste tipo na Terra é o Mauna Loa, no
Havaí, com 9 000 m de altura (assenta no fundo do mar) e 120 km de diâmetro. O
Monte Olimpo em Marte é um vulcão-escudo e também a maior montanha do sistema
solar.
Cones de escórias
É o tipo mais simples e mais comum de vulcões. Esses vulcões
são relativamente pequenos, com alturas geralmente menores que 300 metros de
altura. Formam-se pela erupção de magmas de baixa viscosidade, com composições
basálticas ou intermediárias .
Estratovulcões
Os "estratovulcões" também são chamados de
"compostos", são grandes edifícios vulcânicos com longa atividade,
forma geral cônica, normalmente com uma pequena cratera no cume e flancos
íngremes, construídos pela intercalação de fluxos de lava e produtos
piroclásticos, emitidos por uma ou mais condutas, e que podem ser pontuados ao
longo do tempo por episódios de colapsos parciais do cone, reconstrução e
mudanças da localização das condutas. Alguns dos exemplos de vulcões deste tipo
são o Teide na Espanha, o Monte Fuji no Japão, o Cotopaxi no Equador, o Vulcão
Mayon nas Filipinas e o Monte Rainier nos Estados Unidos.
Vulcões submarinos
Vulcanologia
Os movimentos e a dinâmica do magma, tal como a maior parte do interior da Terra, ainda são pouco conhecidos. No entanto é sabido que uma erupção é precedida de movimentos de magma do interior da Terra até à camada externa sólida (crosta terrestre) ocupando uma câmara magmática debaixo de um vulcão. Eventualmente o magma armazenado na câmara magmática é forçado a subir e é extruído e escorre pela superfície do planeta como lava, ou o magma pode aquecer água nas zonas próximas causando descargas explosivas de vapor, pode acontecer também que os gases que se libertam do magma projetem rochas, piroclastos, obsidianas e/ou cinzas vulcânicas. Apesar de serem sempre forças muito poderosas, as erupções podem variar de efusivas a extremamente explosivas.
A maioria dos vulcões terrestres tem origem nos limites
destrutivos das placas tectónicas, onde a crosta oceânica é forçada a mergulhar
por baixo da crosta continental, dado que esta é menos densa do que a oceânica.
A frição e o calor causados pelas placas em movimento leva ao afundamento da
crosta oceânica, e devido à baixa densidade do magma resultante este sobe. À
medida que o magma sobe através de zonas de fratura na crosta terrestre, pode
eventualmente ser expelido em um ou mais vulcões. Um exemplo deste tipo de
vulcão é o Monte Santa Helena nos Estados Unidos, que se encontra na zona
interior da margem entre a placa Juan de Fuca que é oceânica e a placa
Norte-americana.
Ambientes tectónicos
Os vulcões encontram-se principalmente em três tipos principais
de ambientes tectónicos:
Limites construtivos das placas tectónicas
Este é o tipo mais comum de vulcões na Terra, mas são também
os observados menos frequentemente dado que a sua atividade ocorre
maioritariamente abaixo da superfície dos oceanos. Ao longo do sistema de
riftes oceânicos ocorrem erupções espaçadas irregularmente. A grande maioria
deste tipo de vulcões é apenas conhecida devido aos sismos associados às suas
erupções, ou ocasionalmente, se navios que passam nos locais onde existem,
registam elevadas temperaturas ou precipitados químicos na água do mar. Em
alguns locais a atividade dos riftes oceânicos levou a que os vulcões
atingissem a superfície oceânica: a Ilha de Santa Helena e a Ilha de Tristão da
Cunha no Oceano Atlântico e as Galápagos no Oceano Pacífico, permitindo que
estes vulcões sejam estudados em pormenor. A Islândia também se encontra num
rifte, mas possui características diferentes das de um simples vulcão. Os magmas expelidos neste tipo de vulcões são chamados de
MORB (do inglês Mid-Ocean Ridge Basalt que significa: "basalto de rifte
oceânico") e são geralmente de natureza basáltica.
Limites destrutivos das placas tectónicas
Estes são os tipos de vulcões mais visíveis e bem estudados. Formam-se acima das zonas de subducção onde as placas oceânicas mergulham debaixo das placas terrestres. Os seus magmas são tipicamente "calco-alcalinos" devido a serem originários das zonas pouco profundas das placas oceânicas e em contacto com sedimentos. A composição destes magmas é muito mais variada do que a dos magmas dos limites construtivos.
Hot spots (pontos quentes)
Os vulcões de hot spots são originalmente vulcões que não
poderiam ser incluídos nas categorias acima referidas. Os hot spots referem-se
a situação específica de uma pluma isolada de material quente do manto que
interceta a zona inferior da crosta terrestre (oceânica ou continental),
conduzindo à formação de um centro vulcânico que não se encontra ligado a um
limite de placa. O exemplo clássico é a cadeia havaiana de vulcões e montes
submarinos. O Yellowstone é também tido como outro exemplo, sendo a intercepção
neste caso com uma placa continental.
Previsão de erupções
A ciência ainda não é capaz de prever com certeza absoluta
quando um vulcão irá entrar em erupção, progressos têm sido feitos no cálculo
das probabilidades de um evento ter lugar ou não num espaço de tempo
relativamente curto. Os seguintes fatores são analisados de forma a ser
possível prever uma erupção:
Sismicidade
Microssismos e sismos de baixa magnitude ocorrem sempre que
um vulcão "acorda" e a sua entrada em erupção se aproxima no tempo.
Alguns vulcões possuem normalmente atividade sísmica de baixo nível, mas um
aumento significativo desta mesma atividade poderá preceder uma erupção. Outro
sinal importante é o tipo de sismos que ocorrem. A sismicidade vulcânica
divide-se em três grandes tipos: tremores de curta duração, tremores de longa
duração e tremores harmónicos.
Os tremores de curta duração são semelhantes aos sismos
tectónicos. São resultantes da fraturação da rocha aquando de movimentos
ascendentes do magma. Este tipo de sismicidade revela um aumento significativo
da dimensão do corpo magmático próximo da superfície.
Os tremores de longa duração indicam um aumento da pressão
de gás na estrutura do vulcão. Podem ser comparados ao ruído e vibração que por
vezes ocorre na canalização em casas. Estas oscilações são o equivalente às
vibrações acústicas que ocorrem no contexto de uma câmara magmática de um
vulcão.
Os tremores harmónicos acontecem devido ao movimento de
magma abaixo da superfície. A libertação contínua de energia deste tipo de
sismicidade contrasta com a libertação contínua de energia que ocorre num sismo
associado ao movimento de falhas tectónicas.
Os padrões de sismicidade são geralmente complexos e de
difícil interpretação. No entanto, um aumento da atividade sísmica num aparelho
vulcânico é preocupante, especialmente se sismos de longa duração se tornam
muito frequentes e se tremores harmónicos ocorrem.
Ativos, dormentes ou extintos?
Alguns cientistas consideram um vulcão ativo quando está em
erupção ou mostra sinais de instabilidade, nomeadamente a ocorrência pouco
usual de pequenos sismos ou novas emissões gasosas significativas. Outros
consideram um vulcão ativo aquele que teve erupções históricas. É de salientar
que o tempo histórico varia de região para região. Enquanto que no Mediterrâneo
este pode ir até 3 000 anos atrás, no Pacífico Noroeste dos Estados Unidos vai
apenas até 300 anos atrás.
Vulcões dormentes são considerados aqueles que não se
encontram atualmente em atividade (como foi definido acima) mas que poderão
mostrar sinais de perturbação e entrar de novo em erupção.
Os vulcões extintos são aqueles que os vulcanólogos
consideram pouco provável que entrem em erupção de novo, mas não é fácil
afirmar com certeza que um vulcão está realmente extinto. As caldeiras têm
tempo de vida que pode chegar aos milhões de anos, logo é difícil determinar se
um irá voltar ou não a entrar em erupção, pois estas podem estar dormentes por
vários milhares de anos.
Por exemplo a caldeira de Yellowstone, nos Estados Unidos,
tem pelo menos 2 milhões de anos e não entrou em erupção nos últimos 640 000
anos, apesar de ter havido alguma atividade há cerca de 70 000 anos. Por esta
razão os cientistas não consideram a caldeira de Yellowstone um vulcão extinto.
Esta caldeira é considerada um vulcão bastante ativo devido à atividade
sísmica, geotermia e à elevada velocidade do levantamento do solo na zona.
[Wiki]
Alguns documentários sobre vulcões:
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