quinta-feira, 3 de abril de 2014

Estromatólito

 

Estromatólito

Estromatólito pode ser definido como uma rocha fóssil formada por atividades de microorganismos em ambientes aquáticos, que, quando acumulados no fundo de mares rasos, formam uma espécie de recife. Porém, a definição exata de estromatólito ainda é discutida podendo, por exemplo, excluir estruturas como oncólitos e trombólitos da lista dos estromatólitos.

Há mais de 20 anos é conhecida a presença de estromatólitos no chamado sílex de Strelley Pool, uma formação rochosa que fica na Austrália e que data do início do Mesoarqueano, ou seja, cerca de 3,5 bilhões de anos atrás. Por serem fósseis tão antigos, pensa-se que sejam testemunha dos primeiros organismos a realizar a fotossíntese oxigênica, responsáveis pelo gás oxigênio que surgiu no planeta há cerca de 3,5 bilhões de anos. No Brasil, os fósseis mais antigos ocorrem no Quadrilátero Ferrífero e têm idade entre 2,1 e 2,4 bilhões de anos, mas o principal registro no país é nos terrenos mesoproterozoicos e neoproterozoicos dos estados GO, MG, PR, BA e DF.


 
 
Não somente de sílex podem se formar os estromatólitos: compõem-se também estes de carbonatos (calcita e dolomita). São formados a partir de uma sucessão de estágios, partindo de esteira microbiana, estromatólito estratiforme, para finalmente consolidar uma rocha. Os principais microorganismos formadores das esteiras estromatolíticas são as cianobactérias.
Classificação



Um dos problemas mais críticos e controversos referentes aos estromatólitos é a classificação e descrição taxonômica. Existem, de maneira geral, dois pensamentos para formular a classificação: paleontólogos que dão ênfase ao ambiente deposicional e classificam apenas as microestruturas, isto é, levam em consideração o gênero e a espécie de microorganismos dos estromatólitos; e outros paleontólogos que sugerem uma classificação quanto a morfologia, já que esses fósseis são colônias de microorganismos e não "fósseis individuais", propondo classificação em categorias que não seguem a nomenclatura biológica. Um exemplo dessa discussão é que não foi possível chegar a um consenso pelo Projeto Internacional de Correlação Geológica 261 intitulado "Stromatolite" que reuniu cerca de 200 especialistas do mundo, inclusive do Brasil, para discutir e resolver a questão.

Aplicação e Importância

Os estromatólitos são as únicas evidências de vida do Arqueano. Alguns deles encontrados em rochas de 3,5 bilhões de anos na Austrália e África do Sul constituem uma das mais antigas evidências de vida conhecidas. Existem ainda pesquisadores que até "procuram" estromatólitos visando provar a vida pretérita em Marte. Além disso, suas estruturas fornecem dados astronômicos e geofísicos quanto ao ambiente do passado e formam paisagens que podem ser usadas como atração turística pelo ecoturismo.

 
 


Wikipédia

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